Britânica que estava desaparecida pode pegar prisão perpétua por tráfico de drogas na Geórgia

Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





Jovem foi dada como desaparecida no Sudeste Asiático, mas foi encontrada detida a 6.400 km de distância com 14 kg de maconha

Resumo
Jovem britânica Bella May Culley, de 18 anos, foi encontrada presa na Geórgia por tráfico de drogas após ser dada como desaparecida no Sudeste Asiático; ela enfrenta pena de até prisão perpétua.




Bella May Culley, de 18 anos, foi encontrada com mais de 20 pacotes de maconha

Bella May Culley, de 18 anos, foi encontrada com mais de 20 pacotes de maconha

Foto: Reprodução/Facebook

A jovem britânica Bella May Culley, de 18 anos, que havia sido dada como desaparecida durante uma suposta viagem de férias à Tailândia, foi localizada em circunstâncias dramáticas: presa a mais de 6 mil quilômetros de distância, na Geórgia, sob acusação de tráfico de drogas. A estudante de enfermagem foi flagrada no aeroporto de Tbilisi com 14 kg de maconha e outras substâncias ilícitas em sua bagagem, segundo autoridades locais.

Culley havia deixado o Reino Unido após a Páscoa, com destino às Filipinas, e depois seguiu para a Tailândia por volta do dia 3 de maio. Nos dias seguintes, parou de responder às mensagens da família, que iniciou uma busca desesperada por seu paradeiro, inclusive com a mobilização da polícia tailandesa, conforme o Daily Mail.

A última comunicação com sua mãe, Lyanne Kennedy, foi uma mensagem no sábado, 5 de maio, na qual Bella prometia fazer uma videochamada. Ela não atendeu mais.

As investigações tomaram um rumo inesperado quando autoridades da Geórgia confirmaram que uma jovem de 18 anos de Billingham (Reino Unido) havia sido presa por tráfico de drogas no país. Imagens divulgadas por emissoras locais mostram Culley algemada, sendo escoltada até o Departamento Central de Polícia Criminal em Tbilisi.

Durante a inspeção no aeroporto, agentes encontraram 34 pacotes fechados contendo maconha e 20 pacotes de haxixe na bagagem da inglesa. As acusações formalizadas incluem a compra e posse ilegal de grande quantidade de entorpecentes e a importação de substâncias ilícitas para o território georgiano. Segundo o Ministério do Interior do país, os crimes cometidos preveem pena de até 20 anos ou até prisão perpétua.

Apesar de a jovem ter pedido liberdade sob fiança, o juiz responsável negou o pedido, alegando risco de fuga. Culley permanece presa preventivamente em Tbilisi, e deve ser transferida para a Prisão Feminina Nº 5, única unidade feminina da Geórgia, localizada a cerca de 45 minutos da capital.

A prisão, no entanto, tem histórico preocupante. Relatórios de organizações como a Human Rights Watch e o Comitê Europeu para a Prevenção da Tortura descrevem o local como “degradante”, “superlotado” e em “estado de decomposição”. As celas teriam forte cheiro de suor e excremento humano, camas de ferro em beliche, lixo acumulado e banheiros em condições insalubres.



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