Cardeal diz que Papa visitará Israel ‘mais cedo ou mais tarde’

Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





Pizzaballa avaliou que guerra em Gaza está distante do fim

19 mai
2025
– 15h16

(atualizado às 15h54)

O cardeal italiano Pierbattista Pizzaballa, patriarca de Jerusalém, afirmou que a situação na Faixa de Gaza segue dramática e avaliou que o papa Leão XIV visitará Israel “mais cedo ou mais tarde”.

O religioso de 60 anos, que esteve entre os mais cotados para vencer o conclave que definiu o novo líder da Igreja Católica, fez novos alertas em relação ao atual momento do território.

“A situação em Gaza continua dramática. A fome está lá e você pode até sentir, o Papa disse isso claramente, e é muito difícil, hoje, ver uma saída. Sempre esperamos que as negociações possam levar a um cessar-fogo ao menos temporário que dê algum alívio à população, mas é muito difícil entender se, como e quando”, disse Pizzaballa em entrevista ao jornal Il Messaggero.

O patriarca de Jerusalém, que passou mais da metade da vida no Oriente Médio, mencionou que Leão XIV visitará Israel em algum momento de seu pontificado, mas questionou a atual situação para que essa visita aconteça.

“Precisamos preparar bem a visita e criar as condições que talvez hoje, dada a situação atual, não existam. Não teremos paz tão cedo, no entanto, é preciso uma situação de maior serenidade, que não existe no momento. Precisamos parar a guerra, mas vamos deixar o Papa respirar um pouco. Mais cedo ou mais tarde, essa visita acontecerá”, disse o cardeal.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, expressou seu apoio à decisão do governo de permitir a retomada da ajuda humanitária a Gaza, chamando-a de “necessária para a manutenção das condições humanas básicas”.

Citado pelo Times of Israel, Herzog ainda reconheceu a brutalidade da guerra no enclave palestino e definiu o Hamas como um “inimigo cruel e sinistro”, responsável por “torturar vidas inocentes” e cometer inúmeras atrocidades. Além disso, ele convidou Leão XIV para visitar a Terra Santa após a missa de posse de Robert Francis Prevost. 



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