Em meio à intensificação da ofensiva militar, premiê israelense reafirma que o objetivo do país é o controle total da região e admite pressão internacional para evitar fome no território
Resumo
Netanyahu declarou que Israel buscará o controle total de Gaza em meio a uma ofensiva militar, enquanto admite pressões internacionais para minimizar o impacto humanitário na região.
Israel tomará “o controle” de toda a Faixa de Gaza, e impediria que o grupo terrorista Hamas acesse ajuda humanitária, afirmou na manhã desta segunda-feira, 19, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.
A declaração de Netanyahu ocorre um dia após o Exército de Israel lançar uma ampla ofensiva terrestre nas regiões sul e norte da Faixa de Gaza. A fala também reforça a promessa anterior do primeiro-ministro, que havia assegurado que as forças israelenses entrariam no território palestino “com toda a força”.
O Exército israelense afirmou em comunicado que a operação terrestre começou após uma onda preliminar de ataques da Força Aérea contra alvos do grupo terrorista Hamas para diminuir as capacidades de resposta contra a investida. A pasta israelense disse também que mais de 670 alvos terroristas do grupo foram atingidos em toda a Faixa de Gaza na última semana.
“Os combates são intensos e estamos progredindo. Tomaremos o controle de todo o território da faixa”, declarou o premiê em um vídeo divulgado em seu canal no Telegram.
“Os combates são intensos e estamos progredindo. Tomaremos o controle de todo o território da Faixa”, declarou o chefe de Governo israelense em um vídeo divulgado em sua conta no Telegram.
“Não vamos ceder. Mas para ter sucesso, temos que agir de forma que não nos detenham”, acrescentou.
Netanyahu disse também que sua decisão de retomar a ajuda a Gaza após um bloqueio de semanas ocorreu após pressão de aliados.
A ajuda que seria permitida seria “mínima”, disse ele, sem especificar exatamente quando seria retomada.
Israel disse no domingo que retomaria as entregas de ajuda ao território devastado pela guerra, após uma interrupção total das importações desde o início de março.
Israel tem afirmado que o bloqueio de mercadorias – incluindo combustível, alimentos e medicamentos – foi feito para aumentar a pressão sobre o grupo militante Hamas em Gaza./AP e AFP