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  • Como Itália, Reino Unido e Portugal estão restringindo nacionalidade, cidadania e imigração

    Como Itália, Reino Unido e Portugal estão restringindo nacionalidade, cidadania e imigração

    Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad








    Passaporte português

    Passaporte português

    Foto: Getty Images / BBC News Brasil

    Governos europeus anunciaram mudanças neste ano que dificultam a entrada de imigrantes em seus países.

    Nos últimos dois meses, Itália e Reino Unido anunciaram mudanças em regras de procedimentos de obtenção de vistos de trabalho, de residência ou de cidadadania. Já o governo em Portugal disse que pretende enviar um projeto para discussão no Parlamento após eleições que serão realizadas no domingo (18/05).

    No Reino Unido, o premiê Keir Starmer prometeu que fará cair “significativamente” o número de imigrantes que chegam ao país. Na Itália, um dos objetivos é estabelecer limites mais precisos e “evitar abusos”, como a “comercialização de passaportes”.

    Ao anunciar as mudanças nas regras para se obter cidadania italiana, em março, o vice-primeiro-ministro da Itália, Antonio Tajani, tinha em mãos folhas de papel com algumas propagandas de empresas do Brasil especializadas em obter cidadania italiana que ofereciam até mesmo “desconto Black Friday”.

    Tanto no caso da Itália como do Reino Unido, o objetivo é diminuir a imigração legal ao país — aquela feita através da obtenção de vistos, residências e cidadanias.

    Confira abaixo que está acontecendo com regras de imigração em Itália, Portugal e Reino Unido.

    Itália

    A Itália anunciou em março novas regras para quem pede cidadania italiana. A maoria das medidas novas já está em vigor.

    A partir de agora, apenas pessoas com pelo menos um dos pais ou um dos avós nascidos na Itália poderão se tornar cidadãos daquele país.

    Anteriormente, não havia esse limite geracional: caso a pessoa interessada em obter essa documentação conseguisse comprovar um vínculo com alguém nascido na Itália após março de 1861 (quando o Reino da Itália foi criado), ela tinha direito à cidadania.

    Segundo o governo italiano, o objetivo é “valorizar o vínculo efetivo entre a Itália e o cidadão residente no exterior”.

    As mudanças serão adotadas em duas fases.

    A primeira delas — que já entrou em vigor — prevê que os descendentes de italianos que nasceram no exterior serão considerados automaticamente cidadãos por apenas duas gerações.

    Ou seja, a partir de agora, somente os indivíduos com pelo menos um dos pais ou um dos avós italianos terão direito à cidadania.

    Na segunda fase do projeto, que já ganhou o sinal verde do governo italiano, serão implementadas medidas para que “cidadãos nascidos e residentes no exterior mantenham vínculos reais com a Itália ao longo do tempo”.

    Essas pessoas precisarão “exercer os direitos e os deveres de cidadão pelo menos uma vez a cada 25 anos”.

    Isso inclui votar, renovar o passaporte, atualizar a carteira de identidade italiana (carta d’identita) ou pagar impostos.

    Para cidadãos italianos nascidos no exterior, é obrigatório registrar a certidão de nascimento antes de completar 25 anos. Caso contrário, não será mais possível solicitar a cidadania italiana.

    O filho menor de pais cidadãos italianos, se não tiver nascido na Itália, só poderá adquirir a cidadania se residir na Itália por pelo menos dois anos, após declaração de intenção dos pais.

    Os interessados em obter documentos italianos não vão mais se dirigir aos consulados. Haverá um “escritório especial centralizado” no Ministério das Relações Exteriores do país, localizado em Roma.

    A perspectiva é que esse processo de transição até a criação do tal escritório leve um ano.

    Reino Unido

    O número que mede o movimento de imigração no país (entrada de imigrantes deduzida da saída definitiva de cidadãos britânicos) quadruplicou entre 2019 e 2023.

    O critério adotado pelo governo é manter a imigração daqueles que mais contribuem para o crescimento econômico, especialmente trabalhadores com qualificações maiores.

    O governo do Reino Unido apresentou ao parlamento projeto de lei modificando vários critérios para obtenção de vistos e residências no país:

    • Introdução de novos requisitos de proficiência em inglês, tanto para os requerentes principais quanto para seus dependentes.
    • Para os que pedem cidadania britânica, o período mínimo de residência exigido dobrou para 10 anos.
    • Requisitos mais rígidos para que instituições de ensino patrocinem vistos de estudantes internacionais. Graduados só poderão permanecer no Reino Unido após seus estudos por um período de 18 meses.
    • Fim do recrutamento no exterior para vistos de pessoas que trabalham com assistência social.
    • Aumento nos requisitos de trabalhadores qualificados. Nas palavras do governo britânico trabalhador “qualificado deve significar qualificado”. A imigração é limitada às ocupações em que há escassez de longo prazo. Haverá “rotas direcionadas para os talentos globais mais brilhantes”.
    • O governo prometeu maior rigidez na análise de situações complexas de família, em que dependentes recebem vistos. Segundo o governo, hoje há muitos casos que são tratados como “excepcionais”, em vez de haver regras claras.

    Portugal

    Portugal é outro país que estuda modificar suas regras de cidadania. Ao contrário do Reino Unido e Itália, no caso de Portugal as propostas ainda estão em análise.

    Portugal vai realizar eleições legislativas no domingo (18/05), e o partido governista PSD avisou que, caso se mantenha no poder, pretende enviar um projeto ao parlamento para ampliar o prazo para que imigrantes tenham direito a adquirir a nacionalidade portuguesa.

    O período exigido para residência em Portugal passaria para 10 anos.

    Não há maiores detalhes sobre o novo prazo ou como a medida seria aplicada — mas acredita-se que ela afetaria milhares de brasileiros que moram atualmente em Portugal.

    Além disso, neste mês, o governo de Portugal anunciou que vai notificar 18 mil imigrantes em situação ilegal para que deixem o país.

    O ministro da Presidência do governo português, António Leitão Amaro, afirmou que os imigrantes que deverão deixar o país tiveram os seus pedidos de residência negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima), depois de um período de análise, por não cumprirem as regras locais.



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  • Com envelhecimento da população, governo prevê que rombo no INSS vai quadruplicar em 75 anos

    Com envelhecimento da população, governo prevê que rombo no INSS vai quadruplicar em 75 anos

    Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





    Sociedade brasileira está se tornando mais velha, e nascimentos não estão compensando na mesma proporção. Analistas apontam que nova reforma da Previdência será necessária no futuro.



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  • Lucía Topolansky, a mulher que foi ‘muito mais do que uma companheira’ para José Mujica

    Lucía Topolansky, a mulher que foi ‘muito mais do que uma companheira’ para José Mujica

    Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad








    Lucía Topolansky esteve ao lado do marido, José Mujica, até seu último dia de vida

    Lucía Topolansky esteve ao lado do marido, José Mujica, até seu último dia de vida

    Foto: AFP / BBC News Brasil

    Ultimamente, José Mujica se emocionava ao falar de sua esposa, Lucía Topolansky, que conheceu nos tempos da clandestinidade e seguiu ao seu lado até a morte, nesta terça-feira (13/05), aos 89 anos.

    “Lucía é muito mais do que uma companheira”, disse o ex-presidente uruguaio em uma entrevista para a BBC Mundo — serviço em espanhol da BBC — em novembro.

    Ele se referia ao amor e ao cuidado que Lucía lhe dedicou por décadas, sobretudo quando foi diagnosticado com um câncer de esôfago, há pouco mais de um ano, doença que se espalhou pelo corpo.

    Um amor que ela continuou lhe dando até seus últimos dias: “Estou há mais de 40 anos com ele e vou estar até o fim, foi isso que prometi”, declarou dias antes da morte de seu companheiro.

    Lucía nunca alcançou a fama internacional de Mujica, mas sua trajetória pessoal e alguns momentos marcantes que viveu junto ao marido têm contornos surpreendentes.

    ‘Atmosfera de perigo’

    Filha de um engenheiro civil e empresário da área de construção, Lucía Topolansky nasceu há 80 anos em uma família com boa condição econômica e estudou em um colégio de freiras dominicanas.

    Sua opção pela luta armada no fim da década de 60, que a fez abandonar os estudos de arquitetura e o movimento estudantil, surpreendeu seus familiares.

    Mas ela não foi a única: sua irmã gêmea, María Elia, também integrou o Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros (MLN-T).

    Nessa guerrilha urbana de esquerda, influenciada pela Revolução Cubana e pelo marxismo, Lucía participou de diferentes ações usando o nome falso “Ana”.

    Foi durante os tempos da clandestinidade que conheceu Mujica — que era nove anos mais velho do que ela e ocupava cargos de direção no MLN-T.



    Lucía cresceu em uma família com boas condições econômicas e recebeu educação religiosa

    Lucía cresceu em uma família com boas condições econômicas e recebeu educação religiosa

    Foto: Getty Images / BBC News Brasil

    Mujica contou que o primeiro encontro entre eles aconteceu em setembro de 1971, na noite em que ele escapou da prisão de Punta Carretas, em Montevidéu, por um túnel, com outros 105 tupamaros — uma das maiores fugas da história do sistema penitenciário uruguaio.

    “Ela estava com as pessoas que davam apoio do lado de fora. Tinham ocupado uma das casas por onde nós saímos do subsolo depois de cavar um túnel para fugir da prisão”, lembrou. “A vi quase por acaso, e seguimos a vida. Era muito bonita e jovem.”

    Lucía também tinha sido presa e escapado da prisão naquele ano, fugindo pelos esgotos da cidade com outras 37 presas. Chegou a fazer uma cirurgia para mudar parte do rosto e não ser recapturada.

    Em 1972, Mujica foi preso novamente, mas conseguiu fugir mais uma vez da prisão. Foi naquele ano que começou sua relação amorosa com Lucía.

    “Nos encontramos uma noite em que estávamos sendo perseguidos”, disse Mujica em entrevista à BBC em abril de 2023.

    “O ser humano, embora não saiba, quando vive uma atmosfera de perigo onde está em jogo cada passo da liberdade e da vida, se apega ao amor porque a natureza biológica nos impõe isso.”



    Lucía Topolansky era senadora e deu posse a Mujica quando ele se tornou presidente em 2010

    Lucía Topolansky era senadora e deu posse a Mujica quando ele se tornou presidente em 2010

    Foto: AFP / BBC News Brasil

    Em uma entrevista de anos atrás, Lucía reconheceu que os detalhes daquele primeiro encontro eram difíceis de lembrar por uma razão: “Parecia bastante com aqueles relatos de guerra, em que as relações humanas acontecem dentro de um contexto distorcido porque você está correndo, pode ser preso, podem te matar. Então não tem os parâmetros de uma vida normal.”

    Tanto Mujica quanto Lucía foram detidos novamente em 1972, um ano antes do golpe de Estado conduzido pelos militares. Permaneceram presos, foram torturados e viveram períodos de isolamento até 1985, ano em que o Uruguai voltou à democracia.

    “Tivemos que viver em condições absolutamente adversas”, disse Anahit Aharonian, uma militante tupamara que esteve presa com Lucía, durante uma conversa com a BBC Mundo em 2015.

    Ela lembrou que, em 1980, as irmãs Topolansky lhe bordaram, em segredo, um tapete com a palavra “Liberdade” escrita em armênio, o idioma dos pais de Aharonian, que ela ficou proibida de usar na prisão.

    Conseguiram tirar o tapete da prisão escondido dentro de um pacote, sem que os carcereiros descobrissem do que se tratava.

    ‘Sistemática como as abelhas’

    Mujica e Lucía Topolansky se reencontraram em março de 1985, quando recuperaram a liberdade por meio de uma anistia, e seguiram juntos desde então.

    “No dia seguinte, já começamos a procurar um lugar para juntar todos os companheiros e nos organizarmos. Era hora de voltar à militância”, relembrou Lucía em uma entrevista há cerca de um ano.

    “Não perdemos um minuto. E não paramos, porque, na realidade, essa é a nossa vocação. Esse é o sentido da nossa vida.”

    O casal se mudou para uma casa modesta em uma chácara de Rincón del Cerro, na zona rural de Montevidéu, onde plantaram e onde o ex-presidente morreu na terça-feira.

    Eles só se casaram oficialmente em 2005, em uma cerimônia íntima, quando Mujica já era uma figura cada vez mais popular no país, embora poucos suspeitassem que ele chegaria a ser presidente. E nessa mesma noite, foram a um comício político.

    “Unimos duas utopias: a utopia do amor e a utopia da militância”, disse Lucía, anos atrás, a um documentarista.

    Ao que tudo indica, ela soube do próprio casamento quando Mujica compartilhou a notícia em uma entrevista na televisão: “Ele disse ao jornalista que íamos nos casar. Eu estava vendo o programa e fiquei sabendo”, contou em uma entrevista em 2024.

    “Na realidade, só de velha que fui ceder”, acrescentou, rindo, sobre o fato de terem vivido por 20 anos sem oficializar a união.

    Nunca tiveram filhos, algo que explicam pelo fato de terem dado prioridade à guerrilha na juventude. Em vez disso, acolheram algumas famílias em sua chácara e tiveram vários cachorros, incluindo Manuela, que ficou conhecida como a mascote favorita de Mujica.



    Mujica e a esposa viveram juntos desde que foram soltos da prisão, em 1985

    Mujica e a esposa viveram juntos desde que foram soltos da prisão, em 1985

    Foto: AFP / BBC News Brasil

    A militância política continuou sendo o norte da vida dos dois, que fundaram o Movimento de Participação Popular e ajudaram a transformá-lo no maior grupo da coalização de esquerda Frente Ampla.

    Foi a própria Lucía que, como senadora mais votada, deu posse a Mujica quando ele assumiu a presidência em 2010, em um ato cheio de simbolismo dentro do Palácio Legislativo.

    Depois, o abraçou com seu braço direito e beijou sua bochecha, sorrindo.

    Lucía sobreviveu a um câncer de mama e, após o fim do mandato de Mujica, em 2015, foi candidata à prefeitura de Montevidéu, mas não conseguiu ser eleita.

    Em 2017, assumiu a vice-presidência do Uruguai após a renúncia de quem ocupava o cargo devido ao uso indevido de recursos públicos, e chegou a ocupar temporariamente a presidência quando o então presidente Tabaré Vazquez viajou ao exterior.



    Lucía e Mujica viveram 40 anos juntos em uma chácara na zona rural de Montevidéu

    Lucía e Mujica viveram 40 anos juntos em uma chácara na zona rural de Montevidéu

    Foto: Getty Images / BBC News Brasil

    Muitos a consideram menos pragmática, do ponto de vista ideológico, que seu marido, que evitava essa comparação e dizia que, na verdade, eram políticos diferentes.

    “Sim, talvez não tenha o carisma que eu tenho. Isso é provável”, admitiu Mujica em uma entrevista.

    “Agora, ela é sistemática como as abelhas. Uma dessas trabalhadoras infernais. Não dessas que fazem um feito histórico, mas dessas que levantam paredes.”

    Mujica dizia isso com a mesma admiração que expressou por Lucía até o fim da relação, contrastando a paixão que se supõe em uma relação amorosa na juventude com a “doce rotina” que ela representa na velhice, para evitar a solidão.

    “Tenho consciência de que boa parte da minha vida, hoje, eu devo a ela”, disse o ex-presidente do Uruguai em sua última entrevista à BBC Mundo.



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  • Governo quer relatoria da CPI do INSS e avalia nome de Tabata Amaral para o posto

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    Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





    Líder do Governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues diz que também tentará emplacar governista na presidência da comissão parlamentar de inquérito.



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  • Lula tenta convencer Putin a se reunir com Zelensky em Istambul

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    Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





    Conversa aconteceu por telefone nesta quarta

    14 mai
    2025
    – 17h13

    (atualizado às 18h21)

    O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva tentou convencer seu homólogo russo, Vladimir Putin, a comparecer à reunião de negociação com a Ucrânia agendada para amanhã (15) em Istambul. A conversa entre os líderes aconteceu na tarde desta quarta-feira (14) por telefone.

    Segundo comunicado do Palácio do Planalto, Lula felicitou Putin pela proposta de abertura de negociação com Kiev pela paz, mas reconheceu que “a composição das delegações de negociadores é uma prerrogativa soberana dos chefes de Estado”.

    O líder brasileiro também enfatizou ao mandatário de Moscou “o compromisso do Brasil com a paz e se colocou, mais uma vez, à disposição para colaborar no que for necessário na busca de entendimento entre a Rússia e a Ucrânia”, esclareceu Brasília.



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  • Prevista desde 2019, revalidação de descontos nunca foi feita, diz presidente do INSS | Política

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    Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





    Desde 2019, uma série de normas buscaram obrigar as associações a obter autorizações periódicas dos beneficiários para poder descontar mensalidades de suas aposentadorias. A medida, porém, nunca foi posta em prática, segundo Gilberto Waller Júnior, novo presidente do INSS.



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  • Biden não reconheceu George Clooney em evento de campanha, diz livro que acusa assessores de ‘encobrir’ problemas de saúde

    Biden não reconheceu George Clooney em evento de campanha, diz livro que acusa assessores de ‘encobrir’ problemas de saúde

    Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





    Autores afirmam ter entrevistado cerca de 200 pessoas que trabalham com o ex-presidente americano. Muitas delas deram declarações de forma anônima




    Segundo relatos do livro, Biden não reconheceu George Clooney, um dos principais doadores de sua campanha, durante um evento de arrecadação

    Segundo relatos do livro, Biden não reconheceu George Clooney, um dos principais doadores de sua campanha, durante um evento de arrecadação

    Foto: Getty Images / BBC News Brasil

    Um livro que será lançado no dia 20 de maio nos EUA acusa o círculo mais próximo de Joe Biden na Casa Branca de ter tentado encobrir a “deterioração física” do agora ex-presidente dos Estados Unidos durante sua fracassada campanha para reeleição.

    Segundo o livro Original Sin (Pecado Original, em tradução livre), o estado de saúde de Biden durante a campanha presidencial de 2024 era tão precário que seus colaboradores chegaram a cogitar a possibilidade de colocá-lo em uma cadeira de rodas.

    Falando sobre o livro, um porta-voz de Biden afirmou que “evidência de envelhecimento não é evidência de incapacidade mental” e garantiu que o democrata foi “um presidente muito eficaz”.

    O livro, escrito por Jake Tapper, do canal de notícias CNN, e Alex Thompson, do site Axios, vai ser publicado no dia 20 de maio.

    Biden encerrou sua campanha de forma abrupta em julho do ano passado, pouco depois de uma atuação desastrosa em um debate televisionado contra o republicano Donald Trump.

    Membros do partido o culparam por abandonar a corrida eleitoral muito tarde, deixando sua substituta, a então vice-presidente Kamala Harris, com apenas 107 dias de campanha para enfrentar Trump, que venceu, com folga, as eleições presidenciais de novembro.



    Livro ainda não publicado aponta que assessores de Biden tentaram esconder sua 'deterioração mental'

    Livro ainda não publicado aponta que assessores de Biden tentaram esconder sua ‘deterioração mental’

    Foto: Getty Images / BBC News Brasil

    ‘Nos prejudicou muito’

    Na semana passada, antes da publicação do livro, Biden concedeu sua primeira entrevista à BBC desde que deixou a Casa Branca. Ao ser questionado sobre o que teria acontecido se tivesse deixado a corrida eleitoral mais cedo, ele declarou: “Não acho que teria feito diferença”.

    Embora o livro se baseie em depoimentos anônimos de mais de 200 pessoas, um dos poucos nomes citados é o de David Plouffe, que trabalhou na campanha da vice-presidente Kamala Harris.

    “Biden nos prejudicou muito como partido”, disse Plouffe no livro.



    Um ex-colaborador de Kamala Harris culpou Biden pela derrota eleitoral

    Um ex-colaborador de Kamala Harris culpou Biden pela derrota eleitoral

    Foto: Getty Images / BBC News Brasil

    Os autores afirmam que “o sinal mais evidente da piora da saúde de Biden era seu andar trêmulo, que se tornou grave a ponto de levantar debates internos sobre a possibilidade de colocá-lo em uma cadeira de rodas, mas isso só poderia ser feito depois das eleições”.

    “Dada a idade de Biden, seu médico Kevin O’Connor também comentou, em particular, que se o ex-presidente sofresse outra queda grave, poderia precisar de uma cadeira de rodas, e que a recuperação seria difícil”, diz um trecho do livro.

    Segundo os autores, a condição física de Biden piorou tanto que seus assessores passaram a garantir que ele fizesse caminhadas mais curtas, usasse o corrimão para subir as escadas e usasse tênis esportivo com mais frequência.

    Na época, os assessores do presidente disseram à imprensa que seu jeito de andar se devia a uma fratura no pé, sofrida em novembro de 2020, e à recusa do ex-presidente em usar uma bota ortopédica prescrita pelos médicos logo após o incidente.

    Esquecendo dos aliados

    “Ainda estamos esperando que alguém, quem quer que seja, aponte um momento em que Joe Biden teve que tomar uma decisão presidencial ou fazer um discurso e não conseguiu cumprir com seu dever por causa de uma questão mental”, acrescentou o porta-voz do ex-presidente.

    O livro de Tapper e Thompson também afirma que Biden não reconheceu George Clooney em um evento de arrecadação de fundos para sua campanha, que aconteceu na Califórnia, em junho. O evento foi organizado pela estrela de Hollywood e estava repleto de celebridades.

    “Obrigado por estar aqui”, disse Biden a Clooney durante o evento, aparentemente sem saber com quem estava falando.

    “O senhor conhece o George”, teria dito um assessor a Biden, enquanto ele tentava lembrar quem era.

    Pouco depois do episódio, o ator escreveu um artigo de opinião no The New York Times pedindo que Biden abandonasse a disputa.

    George Clooney foi um dos primeiros grandes doadores a retirar publicamente seu apoio ao então presidente.

    O livro também alega que Biden esqueceu o nome de seus assessores mais antigos, entre eles o fiel conselheiro Mike Donilon, o assessor de segurança nacional, Jake Sullivan, e a diretora de comunicações da Casa Brana, Kate Bedingfield.



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  • Cúpula da Câmara avalia que o tratamento a Zambelli não será o mesmo de Ramagem | Blog do Gerson Camarotti

    Cúpula da Câmara avalia que o tratamento a Zambelli não será o mesmo de Ramagem | Blog do Gerson Camarotti

    Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





    Ao contrário do caso de Alexandre Ramagem, a cúpula da Câmara avalia que a Casa não deve votar o pedido de trancamento da ação penal de Carla Zambelli (PL-SP). O PL encaminhou à presidência da Câmara um pedido para que a Comissão de Constituição e Justiça analisasse se ela deveria usufruir ou não da imunidade parlamentar neste caso. Mas Hugo Motta não despachou o pedido à comissão – o que, na prática, inviabiliza a análise do caso.

    Nesta quarta (14), a Primeira Turma do STF condenou por unanimidade a deputada e o hacker Walter Delgatti pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica por terem invadido os sistemas do Conselho Nacional de Justiça. O colegiado acompanhou o voto do relator – o ministro Alexandre de Moraes – que determina pena de 10 anos de prisão e perda do mandato.

    A defesa de Zambelli chegou a pedir a Moraes que suspendesse a votação até que a Câmara apreciasse a solicitação do partido. O ministro, no entanto, rejeitou o pedido, alegando que a imunidade parlamentar vale a partir da data da diplomação deste mandato e que os crimes foram cometidos enquanto Zambelli exercia outro mandato, já encerrado.

    Na avaliação de integrantes da Mesa Diretora da Câmara, os casos de Ramagem e Zambelli são diferentes. Eles avaliam que não há provas suficientes do envolvimento de Ramagem na confecção da trama golpista e que pode estar havendo um exagero do Judiciário na denúncia aceita contra ele, que o tornou réu.

    No caso de Zambelli, os parlamentares entendem que as provas são mais robustas e que, desde a perseguição a um homem armado na véspera da eleição de 2022, a deputada perdeu o apoio até dos próprios aliados.

    Nesta semana, ganhou força também a possibilidade do União Brasil acionar a Câmara para proteger o ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Juscelino foi denunciado por ter usado verbas de emendas parlamentares do Orçamento Secreto para asfaltar uma estrada que dá acesso a uma fazenda da própria família no Maranhão. A hipótese foi confirmada pelo presidente do partido, Antonio Rueda.

    Nos bastidores, o PL incentiva o União a recorrer. O partido avalia que, assim, terá mais chances de convencer Motta e a Mesa Diretora a avaliarem a questão de Zambelli, que ainda entrará na fase de recursos.



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  • Putin não irá a Istambul, confirma Kremlin

    Putin não irá a Istambul, confirma Kremlin

    Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





    O Kremlin confirmou nesta quarta-feira (14) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não irá comparecer ao encontro com a Ucrânia em Istambul amanhã (15). Ele será representado por Vladimir Medinsky, seu atual conselheiro e ex-ministro da Cultura. .



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  • PIS-Pasep 2025: novo pagamento será feito nesta quinta-feira

    PIS-Pasep 2025: novo pagamento será feito nesta quinta-feira

    Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





    Beneficiados nascidos entre os meses de maio e junho receberão até um salário mínimo nesta terceira fase. Valores ficarão disponíveis até o dia 29 de dezembro.



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