Maurício Claver-Clarone repreendeu o petista por ter ido a Pequim enquanto investidores brasileiros estão em Nova York em busca de parcerias
14 mai
2025
– 19h43
(atualizado às 21h32)
O enviado especial do governo de Donald Trump para a América Latina, Maurício Claver-Carone, criticou a aposta do governo brasileiro por fazer acordos comerciais com a China, especialmente neste momento. Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou a Pequim, capital da China. Enquanto isso, empresários e investidores brasileiros estão em Nova York em busca de parcerias.
“Vi, nos últimos dois dias aqui em Nova York, literalmente, todo grande negócio, grande investidor, empreendedor do Brasil. E acho que isso é maravilhoso. Por quê? Porque vocês é que vão impulsionar a economia brasileira”, afirmou Claver-Carone durante o fórum “Summit Brazil-USA 2025”, promovido pelo jornal Valor Econômico, em Nova York, nesta quarta-feira, 14.
“Infelizmente, coloco isso em contraste com o presidente do Brasil, que está na China e não no maior mercado de capital do Brasil, fomentando mais investimento dos EUA, seu maior investidor, de longe”, acrescentou.
Claver-Carone também criticou os acordos entre Brasil e China assinados por Lula durante viagem oficial ao país. Segundo o representante de Trump, esses acordos são como “bolos mais caros” e que engordam mais.
Apesar das críticas, Claver-Carone ressaltou que as tarifas contra o Brasil não são ideológicas e afirmou que esteve com integrantes do governo Lula nesta semana. Na noite de segunda-feira, 12, o auxiliar de Trump participou de um jantar promovido pelo grupo Esfera, em Nova York, no qual dividiu o palco com Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda.
Na ocasião, Claver-Carone afirmou que, câmbio, crime e corrupção são os três fatores que afastam investimentos americanos do Brasil. Ele chegou a citar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) como uma “ameaça regional”.