Itália retoma investigação de assassinato de jovem após 18 anos

Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





Chiara Poggi foi morta em 2007 em sua casa na Lombardia

O Ministério Público de Pavia, na Itália, retomou as investigações sobre o assassinato de Chiara Poggi, ocorrido há 18 anos na cidade de Garlasco e nunca solucionado. O caso voltou à tona após as autoridades encontrarem um martelo, que pode ter sido usado como arma para o crime, além de surgirem novas evidências que podem envolver outras pessoas próximas à vítima.

    Até o momento, seu então namorado Andrea Stasi era tido como o único culpado. Ele foi condenado a 16 anos de prisão e está prestes a cumprir a pena.

    Poggi, de 26 anos, foi morta em sua casa em 13 de agosto de 2007 por uma ferramenta contundente. Na última quarta-feira (14), após esvaziarem o canal na cidade de Tromello, também pertencente à província de Pavia, na Lombardia, os investigadores acharam um martelo que, se for compatível com os ferimentos que levaram a jovem ao óbito, pode esclarecer seu assassinato. Já no início das investigações, no distante 2007, os pais da vítima haviam declarado a falta de um martelo em casa após a perda da filha.

    O objeto foi localizado no canal que fica a 300 metros da antiga casa da avó das gêmeas Stefania e Paola Cappa, primas da jovem assassinada. Uma testemunha afirmou ter visto, no dia do crime, uma moça loira em uma bicicleta com uma ferramenta na mão. A mulher foi posteriormente identificada como Stefania, ainda que as irmãs nunca tenham sido investigadas e ainda não haja nenhuma acusação formal contra elas.

    No entanto, mensagens telefônicas enviadas por Paola a um amigo levantaram suspeitas sobre novos nomes.

    “Acho que incriminamos o Stasi”, escreveu Paola em uma das cerca de 280 mensagens trocadas com o amigo. Além disso, grampos telefônicos da época revelaram desconforto das gêmeas em visitar os pais de Poggi.

    As novas investigações também retomaram as suspeitas contra Andrea Sempio, seus pais e dois amigos ? Mattia Capra e Roberto Freddi ? que, na época, eram muito próximos dele e de Marco Poggi, irmão de Chiara. Sempio teve diversos objetos apreendidos em sua residência, incluindo alguns diários contendo anotações pessoais sobre como “agradar as garotas”.

    O MP deve agora comparar o material genético dos suspeitos com o sangue encontrado debaixo das unhas de Poggi. .



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