Portugueses vão às urnas com cenário improvável de que eleições resultem em governo estável

Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





Os eleitores portugueses foram às urnas neste domingo para a terceira eleição parlamentar em um período de anos, enfrentando a perspectiva de mais incertezas em uma votação considerada improvável para a formação de um governo estável.

A votação foi convocada apenas um ano após o início do mandato do governo minoritário de centro-direita, depois que o primeiro-ministro Luis Montenegro não conseguiu ganhar a confiança do Parlamento em março.

A eleição, também dominada por questões como moradia e imigração, segue uma década de governos frágeis, sendo que o único a ter uma maioria parlamentar ainda entrou em colapso na metade de seu mandato no ano passado.

As pesquisas de opinião mostram que a Aliança Democrática (AD) de Montenegro obteve o maior número de votos e provavelmente algumas cadeiras a mais do que na eleição anterior, em março de 2024, mas novamente sem maioria parlamentar.

O cientista político Antonio Costa Pinto disse que o novo Parlamento provavelmente seria semelhante ao anterior e que era impossível prever quanto tempo o governo duraria, pois isso dependia de fatores que iam desde a situação internacional até a capacidade da AD de fechar acordos com outros partidos.

“A única dúvida é se a AD formará um novo governo minoritário (…) ou se formará uma coalizão pós-eleitoral com a IL, mesmo que essa coalizão não garanta a maioria absoluta”, disse ele, referindo-se ao partido pró-empresarial Iniciativa Liberal (IL), que está em quarto lugar nas pesquisas.

O partido de extrema direita Chega, com o qual Montenegro se recusa a fazer acordos, está em terceiro lugar nas pesquisas, com cerca de 18%, resultado semelhante ao do ano passado, embora os problemas de saúde de última hora de seu líder André Ventura possam influenciar o resultado.



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