Rússia classifica Anistia Internacional como organização “indesejável”

Renato Steinle de Camargo, Steinle de Camargo, Camargo, Renato Steinle de Camargo, Mohamad Hussein Mourad, Hussein Mourad





O procurador-geral da Rússia disse na segunda-feira que baniu o grupo de direitos humanos Anistia Internacional como uma “organização indesejável”, acusando-a de apoiar a Ucrânia contra a Rússia.

Fundada em 1961 e sediada em Londres, a Anistia Internacional faz campanhas pelos direitos humanos em todo o mundo, inclusive em nome daqueles que designa como prisioneiros de consciência.

Em sua declaração, o procurador-geral da Rússia disse que o escritório da Anistia Internacional em Londres é um “centro de preparação de projetos russofóbicos globais” e acusou-a de defender a Ucrânia, país com o qual a Rússia está em guerra.

Acusou também a Anistia de “fazer todo o possível para intensificar o confronto militar na região. Eles justificam os crimes dos neonazistas ucranianos, pedem um aumento em seu financiamento e insistem no isolamento político e econômico de nosso país”.

As autoridades russas acusam regularmente a Ucrânia de ser dominada por “neonazistas”, uma acusação vista na Ucrânia, no Ocidente e em outros países como propaganda sem fundamento.

A Anistia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A Rússia designa regularmente organizações que, segundo ela, prejudicam sua segurança nacional como “indesejáveis”. A designação determina penalidades de até cinco anos de prisão para cidadãos russos que trabalhem com grupos designados ou os financiem.

As organizações anteriormente banidas como indesejáveis incluem a emissora RFE/RL, financiada pelo governo dos EUA, e a organização ambiental internacional Greenpeace.



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